MEIO AMBIENTE
A ERA DOS EXTREMOS
ação e inovação
Aquecimento global é ao mesmo tempo desafio e oportunidade
publicado em 28 mai 2024
Desafio urgente, a ciência aponta várias consequências do aquecimento global: temperaturas mais altas, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como muita chuva e muita seca.
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O exemplo mais evidente e próximo é o Rio Grande do Sul. O estado enfrenta desde o fim de abril “o pior desastre da história”, nas palavras do governador Eduardo Leite. A chuva extrema é o quarto evento similar desde junho do ano passado. E há dois anos o Rio Grande do Sul enfrentou uma seca histórica. “A situação é horrível, mas agora está na boca de todo mundo. A população começa de fato a discutir as mudanças climáticas”, diz no vídeo desta reportagem Alessandro Bertolino, engenheiro ambiental, doutor em gestão urbana e professor da PUCPR.
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Mas as mudanças climáticas são também uma oportunidade para a ação e a inovação. A transição para uma economia de baixo carbono impulsiona a ciência e o desenvolvimento econômico.
Diversas áreas se destacam, alavancadas por pesquisas, inovação e investimentos. Dois exemplos são a geração de energia renovável e a melhoria da eficiência energética.
Já a corrida por mais eficiência energética revoluciona setores como transporte, construção civil, indústria, agricultura.
Pesquisa derruba o preço das tecnologias
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Um fator importante que impulsiona o crescimento da economia verde é a redução de custos. Pesquisas em expansão garantem tecnologias cada vez mais acessíveis e competitivas. Um cenário favorável, com expectativa de crescimento contínuo nas próximas décadas.
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Na outra ponta, governos e setor privado investem cada vez mais. A Declaração sobre a Agenda de Inovação é um conjunto de compromissos para acelerar a inovação verde e que reúne países que compõem mais de 70% do PIB global.
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Os avanços que a agenda quer atingir podem gerar 20 milhões de empregos e adicionar US$ 16 trilhões à economia global até o fim da década. Equivale a mais de sete vezes o PIB do Brasil (US$ 2,13 trilhões em 2023), a 9ª maior economia do mundo.
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O compromisso com as emissões líquidas zero cresce a um ritmo acelerado. De acordo com o WRI (World Resources Institute), um quinto das maiores empresas do mundo e 68% do PIB global já adotaram essa meta. Em 2019, eram apenas 16%.
O QUE É
O aumento gradual da temperatura média da Terra. A causa principal é a emissão excessiva de gases pela atividade humana, como queima de combustíveis fósseis e desmatamento. Os gases em excesso elevam o efeito estufa, a retenção do calor na atmosfera da Terra e que garante as condições de vida. O calor acima da média desconfigura todo o equilíbrio do planeta.
AS CONSEQUÊNCIAS
A temperatura média global já subiu 1°C em relação à era pré-industrial, com projeções de aumento contínuo se nada for feito. O resultado são eventos climáticos cada vez mais extremos, como ondas de calor, secas, inundações e incêndios florestais. O nível do mar também sobe pelo derretimento das geleiras e calotas polares. Isso ameaça cidades costeiras. A absorção excessiva de CO2 pela água do mar também prejudica a vida marinha. E ainda existe a perda de biodiversidade, com extinção de espécies e desequilíbrios nos ecossistemas.
O QUE É PRECISO FAZER
Limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Para isso, governos, empresas e indivíduos precisam trabalhar juntos para reduzir as emissões e investir em soluções inovadoras e sustentáveis.
Os governos precisam definir metas ambiciosas de redução de emissões de gases de efeito estufa e efetivar políticas públicas de eficiência energética e proteção ambiental.
Já o setor privado deve promover a sustentabilidade em toda a cadeia de valor. É preciso engajar fornecedores, clientes e parceiros contra o aquecimento global.
E nós, habitantes do planeta Terra? Podemos fazer muita coisa. Veja exemplos:
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1
REDUZA O CONSUMO DE ENERGIA Desligue luzes e aparelhos eletrônicos fora de uso. Escolha eletrodomésticos eficientes e vá de transporte público, bicicleta ou carona.
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2
ADOTE HÁBITOS ALIMENTARES SUSTENTÁVEIS Prefira sempre vegetais: grãos, frutas e verduras. Prefira alimentos locais e sazonais. E reduza o desperdício de alimentos.
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3
CONSUMA DE FORMA CONSCIENTE Priorize produtos com menor impacto ambiental, evite o consumo excessivo e descarte seu lixo do jeito certo.
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4
APOIE BOAS INICIATIVAS Valorize empresas e organizações comprometidas com a sustentabilidade. Prefira produtos e serviços de organizações que adotam práticas ecológicas.
